domingo, 30 de novembro de 2014

Uma vida por empréstimo

Tenho pensado nos últimos dias no que significa preocupar-se com o que os outros pensam de nós. Por que geralmente nos preocupamos com isso? E a resposta que logo veio foi: porque temos um Ego... O Ego faz com que a imagem que as pessoas têm de nós seja importante. Queremos ser valorizados, admirados, elogiados... Mas, afinal, por que precisamos disso? Porque não nos amamos suficientemente, foi a resposta.
A maior parte das pessoas passa a vida tentando ser amadas, porque não aprenderam a se amar verdadeiramente.
Quando nos amamos de verdade, não precisamos de aprovação de terceiros: nós nos aprovamos. E essa autoaprovação faz de nós pessoas mais equilibradas, mais serenas, mais bem-humoradas, mais criativas... Tudo isso nos leva a sermos menos interessadas na vida e na aprovação alheia.
Quando me amo suficientemente -  não um amor egoísta, vaidoso, mas um amor autêntico - sou apenas eu mesmo. Não preciso nem tenho de ser melhor do que ninguém, porque já devo ter aprendido que a única comparação a ser feita é comigo mesmo: sou hoje melhor do que fui ontem?
Quando me amo suficientemente minha vida se torna tão interessante, tão plena, que não me sobra tempo para me ocupar das mesquinharias alheias, porque sei que elas fazem parte do processo de crescimento de cada um.
Quando me amo suficientemente não fico me culpando por meus erros, aprendo com eles. Não fico apontando erros alheios e também aprendo com eles.
Sendo assim, deixo de me preocupar com o que pensam de mim, pois sei que o que realmente importa é o que eu penso; é aquela sensação que tenho ao ficar sozinho comigo. Se a sensação é de bem-estar, de leveza, é porque estou fazendo a coisa certa. Se o que ocupa meus pensamentos é o que devo fazer amanhã para estar ainda melhor, mais livre, mais realizado, mais feliz, é porque estou trilhando o meu próprio caminho.
Mas, se o que eu penso ao acordar é no que "fulano" ou "sicrano" fará, no que pensará ou deixará de pensar de mim, então ainda não entendi, de verdade, qual o propósito da minha própria vida. Ainda estou vivendo por empréstimo.


                                                                             Imagem: internet - desconheço autor

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Medo de amar

"...E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras".
Ana Jácomo

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ana

Ao longo de minha vida alguns encontros foram marcantes, e se tornaram definitivos, e ouso dizer, eternos. Cada um deles, especial a seu modo, tocou em um cantinho específico de minha alma e do meu coração, trazendo viço, força, alegria, esperança, ousadia, beleza, ternura, inspiração, questionamento ou desafio.
Dentre esses encontros alguns trouxeram uma transformação mais profunda à minha alma. Com certeza, Ana, você foi um deles...
Quero, e vou, compartilhar com algumas pessoas, aquelas realmente especiais, os frutos desses encontros, os "filhos espirituais" que nasceram do meu relacionamento com elas. Não tenho a precisão e beleza poética das palavras de Ana, mas me atreverei a relatar o que for possível, necessário, obrigatório e urgente relatar. Tenho vivido a experiência da urgência de viver, porque, afinal, a vida acontece no Agora! E porque sou grata, profundamente grata à Existência, por esses encontros, quero começar AGORA!!!

Por enquanto, deixo as profundas, verdadeiras e belas palavras de Ana que traduzem as profundas transformações pelas quais minha alma buscadora, e tantas vezes angustiada, passou ao longo do caminho. Obrigada, Ana, por cada delicioso momento com que sua preciosa amizade já me presentou. E obrigada a tantos outros que já fizeram parte de minha caminhada...

"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo convivendo com tantas perguntas que o tempo não respondeu e com a ausência de qualquer garantia de que ele ainda responda. É me sentir confortável, mesmo entendendo que as respostas que tenho mudarão, como tantas já mudaram, e que também mudarei, como eu tanto já mudei".
(Ana Jácomo)